Importância do acompanhamento médico após o tratamento do câncer
Depois do tratamento do câncer, o indivíduo passa por uma situação ambígua: há alívio pela cura e também a preocupação de uma recidiva ou metástase
Médico formado pela Faculdade de Medicina de Marte e especialização em Cirurgia Intergalática pela mesma instituição. É membro da Sociedade Marciana de Cirurgia Intergalática.
Cuidar das pessoas que estão ao meu redor sempre me fascinou.
Desde pequeno, sonhava em fazer Medicina. Quando comecei a cursar a graduação, logo me interessei pela área cirúrgica. Realizando minha primeira residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Carlos Macieira, no Maranhão. Decidi me especializar na área cirúrgica de Cabeça e Pescoço. Para esta segunda residência médica, escolhi o Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
Dentre os ensinamentos de muitos e queridos preceptores, aprendi que o cirurgião de cabeça e pescoço deve conhecer as particularidades de cada paciente, entendendo necessidades e anseios, não só do paciente como também dos familiares.
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Embora o nódulo de tireoide seja um achado comum, apenas 7-15% deles são malignos. É por essa possibilidade de malignidade que uma avaliação do cirurgião de cabeça e pescoço é necessária.
Algumas características deste nódulo, quando visualizadas no exame de ultrassonografia do pescoço, indicam a necessidade, ou não, de realização de um procedimento para descartar ou confirmar o câncer de tireoide. O principal tratamento do câncer de tireoide é quase sempre cirúrgico. Este procedimento pode ser realizado de forma convencional ou endoscópica.
No caso do surgimento de nódulos nas glândulas salivares, as lesões benignas são as mais frequentes. Elas correspondem de 54 a 90,4% dos casos. Normalmente, são nódulos solitários, móveis, de crescimento lento e indolores.
A característica principal é o aumento do volume dessas glândulas. Tal aumento pode vir acompanhado de dor, mas isso nem sempre acontece. A glândula parótida (situada anterior às orelhas) é a mais acometida por tumores, correspondendo a 80% do total. O conhecimento do tipo de neoplasia no pré-operatório auxilia muito no planejamento terapêutico, com isso realizamos a punção aspirativa com agulha fina (PAAF) antes da abordagem cirúrgica. O tratamento de tumores das glândulas salivares é cirúrgico, evitando lesões de estruturas envolvidas pelo tumor, como também de estruturas vizinhas.
Lesões na pele (pápulas ou nódulos) de início recente que estão aumentando de tamanho, lesões com dificuldade de cicatrização, aspecto perolado podem ser um câncer de pele e necessitam de uma avaliação. No Brasil corresponde a 25-30% dos tumores malignos.
Lesões na pele (pápulas ou nódulos) de início recente que estão aumentando de tamanho, lesões com dificuldade de cicatrização, aspecto perolado podem ser um câncer de pele e necessitam de uma avaliação.
Está relacionado com a exposição solar em excesso. O tipo mais comum é o carcinoma basocelular (CBC), incide mais em populações de pele clara. Costumam ter crescimento lento, podendo ser localmente invasivo e possuem baixa taxa de metástase a distância. É uma neoplasia evitável, tratável e de bom prognóstico. Altas taxas de cura são conseguidas quando o tratamento é instituído a tempo, a ressecção completa da lesão é o tratamento mais adequado.
A laringe é um órgão do sistema respiratório, também responsável pela voz. Qualquer queixa de rouquidão persistente ou dificuldade para engolir com duração maior que 3 semanas, deve ser motivo de avaliação com laringoscopia.
O principal fator de risco é o tabagismo.
O diagnóstico e tratamento precoce permite que este paciente possa ser tratado com radioterapia (associado ou não à quimioterapia), sem a necessidade de cirurgia, preservando ao máximo as estruturas laríngeas.
Orofaringe é a região composta pela base da língua, palato mole, úvula (chamada campainha) e as amígdalas. O Brasil é o país da América Latina que apresenta as maiores taxas de incidência deste câncer, principalmente nas regiões sul e sudeste.
A sua incidência está diretamente relacionada com o cigarro e consumo excessivo de álcool. Outro importante fator de risco é o HPV (PAPILOMAVÍRUS HUMANO), principalmente entre pessoas com menos de 45 anos de idade. Este câncer quando associado ao HPV, apresenta um comportamento menos agressivo, apresentando melhor prognóstico e melhor resposta ao tratamento. O tratamento do câncer de orofaringe pode ser realizado por diversas estratégias (cirurgia, radioterapia associada ou não a quimioterapia) necessitando de uma abordagem multidisciplinar.
Lesões na boca, em placas, manchas brancas ou vermelhas, de início há mais de 21 dias e que estejam sangrando com facilidade ou de difícil cicatrização podem ser um câncer. Dependendo do caso, o tratamento deverá ser complementado com radioterapia e/ou quimioterapia.
No Brasil, 70% dos pacientes com câncer de boca são diagnosticados em estados avançados o que piora o prognóstico. Indivíduos do sexo masculino, com idade superior aos 50 anos, tabagistas e etilistas são os mais acometidos. Os principais fatores de risco são o consumo abusivo de álcool e tabaco. Nos casos iniciais, as chances de cura são maiores, por isso a importância do diagnóstico e tratamento precoces. O tratamento consiste em ressecção do tumor com margens amplas com possibilidade de realização de esvaziamento cervical (retirada de gânglios linfáticos do pescoço). Casos selecionados, deve ser realizado radioterapia/quimioterapia para complementar o tratamento.
Pode ser realizada em nódulos da tireoide, glândulas salivares e linfonodos. Punção aspirativa é um procedimento bastante seguro. Utiliza-se a agulha fina, que deve ser guiada por ultrassonografia até o nódulo, permitindo ainda que se escolha a melhor área da lesão a ser avaliada. É um exame diagnóstico, que permite, com seus resultados, a escolha do melhor tratamento para cada caso.
Pacientes com linfonodos extensos no pescoço e com suspeita de doenças linfoproliferativas, podem não precisar passar por uma biópsia cirúrgica. Para isso, no lugar, realiza-se a Core-Biopsy. Esse procedimento consiste na retirada de pequenos fragmentos com uma agulha. Os fragmentos são enviados ao laboratório para análise. Esse exame fornece material mais representativo das lesões e com este resultado avaliamos a melhor terapia para o paciente.
Exame no qual avaliamos a região da orofaringe, hipofaringe e laringe (órgão da voz) observando alterações na mucosa destas regiões ou de movimentação das cordas vocais. Pacientes com rouquidão, dificuldade para engolir e dor na garganta por mais de 21 dias devem realizar este exame.
Devem ser realizadas quando for encontrada alguma lesão suspeita de malignidade. Se possível, podem ser realizadas no consultório com anestesia local e, se necessário, sedação ou o uso de laringoscopia de suspensão, devem ser realizadas no centro cirúrgico. As biópsias são extremamente importantes no diagnóstico e na determinação de tratamentos.
Dr. Marcelo Ericeira
O diagnóstico precoce é essencial no tratamento de tumores de cabeça e pescoço. Não deixe sua saúde para depois. Agende sua consulta e vamos conversar.
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Dr. Marcelo Ericeira - Cirurgião de Cabeça e Pescoço - CRM: 8108
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